Estar stressado e com demasiado trabalho parece estar na moda nos nossos dias. Tem amigos ou familiares reportando-lhe regularmente as horas extraordinárias que fizeram no trabalho? Tem clientes ou fornecedores que respondem dentro de meia hora ao seu e-mail de Domingo das 10h23 da manhã? Encontra colegas a trabalhar no escritório durante o fim-de-semana quando você passou por lá só para buscar alguns documentos? Sente-se mal quando tem uma semana calma com horas de trabalho “normais”?
Se respondeu a estas questões com “Sim” deve conhecer algumas pessoas que estão perto do Burn-out. Estar stressado e com demasiado trabalho torna-se para muitos um requisito standard no trabalho. O risco desta ilimitada disponibilidade para trabalhar assenta nos efeitos a longo prazo que mais cedo ou mais tarde pode levar a uma perda total de energia, desmotivação, exaustão, sentimento de desespero e perda de controlo. O nome comum é: Síndrome de Burn-Out. Estados membros europeus têm reportado 29% de prevalência comparativamente a 38% no Reino Unido (Kulkarni, 2006).
Enquanto alguns de nós sofrem de uma sobrecarga de trabalho constante, para alguns contemporâneos o oposto é verdade: Eles são vítimas de um under-stretch (sub- aproveitamento) no trabalho. Tédio, prazos relaxados, falta de tarefas significativas são as razões para o Bore-out. Paradoxalmente os sintomas de Bore-out são similares aos sintomas de Burn-Out. A pessoa a quem diz respeito irá experienciar uma perda de motivação e energia, um sentimento de desespero e perda de controlo. Para cada terceiro caso de um Burn-out oficiais contam um caso de Bore-out.
É uma ideia popular que é divertido ter pouco ou nada para fazer – tal como Homer Simpson. Mas a verdade é que esperar durante oito horas pelo tempo de saída pode ser mais stressante que um dia cheio de trabalho. Um estudo realizado nos Estados Unidos pela Sirota Survey Intelligence em 2008, descobriu que “empregados aborrecidos têm menos, satisfação com o trabalho, sentido de realização, e orgulho nos seus empregadores comparativamente com colegas com excesso de trabalho”.
As consequências para um ou para outro, são imensas para a companhia: “Queixas sobre excesso de trabalho podem ser um indicativo de processos de trabalho com pouca qualidade, e pode ser difícil em determinadas circunstâncias manter empregados que se sintam com demasiado trabalho e em desequilíbrio com a sua vida profissional. Mas empregados aborrecidos têm um impacto ainda mais negativo numa organização, baixando a moral e a produtividade e esgotando recursos.”, diz Douglas Klein, presidente da Sirota.
As empresas podem actuar em três níveis entre os seus empregados de forma a evitar tanto o Burn-Out como o Bore-out: a nível organizacional, a nível de liderança e a nível de comunicação. Estes três níveis incluem medidas como planos de carreira realistas, delegação, responsabilização, tarefas desafiantes mas alcançáveis, e uma comunicação transparente acerca de necessidades individuais e expectativas de desempenho. A solução mágica para a satisfação profissional do trabalhador e a sua produtividade assenta no nível adequado de exigência e apoio do lado do gestor.
Tenha os seus gestores prontos para criar condições que são igualmente desafiantes e apoiantes para cada membro da equipa.
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