Todos sabemos que cada pessoa é única com gostos e valores diferentes. Certo? Claro que sim, mas sabemos isto de forma teórica. Na verdade, se pensarmos um pouco sobre o assunto verificamos que tendemos a considerar que os nossos valores são aqueles que fazem sentido. Muitas vezes, mesmo que de forma inconsciente, temos dificuldade em compreender como é que outra pessoa não pensa, não reage ou não é movida da mesma forma que nós.
A Clara trabalha com o António há cerca de seis meses e ainda hoje não consegue perceber porque é que o António não se sente satisfeito nem revela entusiasmo quando o seu chefe lhe solicita que faça um estudo de mercado para, por exemplo, determinar a necessidade de um novo produto por parte da actual carteira de clientes.
A Clara, que sempre foi uma pessoa bastante curiosa e sedenta por mais e novo conhecimento, considera que o trabalho do António fica aquém do que é pretendido. Se fosse ela a fazê-lo investiria muito mais dedicação e de certeza que faria um trabalho de melhor qualidade.
Há alturas que estes dois colegas chegam a entrar em discussão quando lhes é pedido para colaborarem na componente investigativa.
Acontece que a Clara assume que tarefas desta natureza são satisfatórias, são-no para ela, portanto custa-lhe entender porque não o são para qualquer indivíduo.
É lhe familiar este tipo de situação?
Bernardo, chefe do António e da Clara ainda há pouco tempo promoveu estes dois membros da equipa pelo elevado desempenho que têm revelado. Ambos passaram de técnicos para responsáveis de área tendo agora cada um uma pequena equipa a sua responsabilidade.
O António ficou realmente satisfeito com a promoção. A Clara não considera de grande importância o novo título que adquiriu e na verdade preferia continuar a ser orientada do que passar a ter que influenciar ou estar em controlo de outras pessoas. Sente que essa actividade lhe tira tempo para a vertente técnica da função, que é o que mais gosta de fazer.
Assim sendo, será que Bernardo como líder destes dois colaboradores conseguiu motivá-los da melhor forma possível? Estará ele a proporcionar-lhes a oportunidade de maximizarem o seu potencial?
Aparenta ser comum a dificuldade por parte de alguns líderes de identificar a melhor forma de se relacionar com as suas pessoas conseguindo falar a mesma “linguagem”. Um dos factores que se relaciona com o insucesso no que toca à motivação das equipas é o pressuposto base de que somos todos motivados pelos mesmos valores, aqueles que para nós fazem sentido, os nossos valores.
Steven Reiss, psicólogo Americano identificou, após extensa investigação, que existem 16 desejos básicos, isto é, 16 necessidades fundamentais que representam as forças motivacionais de todo e qualquer indivíduo. A intensidade com que cada um destes desejos básicos se manifesta determina o nosso perfil motivacional. Este perfil, o nosso Reiss Motivational Profile® é único. Não há duas pessoas com configurações idênticas.
Muitos modelos distintos têm sido apresentados para auxiliar a nossa compreensão no que concerne aquilo que nos move, mas muitas vezes acabam por tipificar as pessoas e a categorizar de forma simplista a personalidade das mesmas. Este modelo de Steven Reiss é singular na medida em que o perfil que se obtém, mediante resposta a um simples questionário, permite à pessoa a sua autoconsciência sobre aquilo que é realmente importante na sua vida. O conhecimento dos nossos desejos básicos ou forças motivacionais ajuda-nos a compreender os nossos diferentes padrões de comportamento, por conseguinte a nossa personalidade.
A equipa da Consulting House é certificada na utilização do Reiss Motivational Profile® e já trabalha com esta ferramenta tanto a nível individual como em contexto de equipa – utilizando metodologias de coaching que promovem a máxima utilização da motivação dos seus coachees.
Ficou com curiosidade? Gostaria de conhecer o seu perfil motivacional? Considera que a liderança poderia ser mais eficaz se houvesse um verdadeiro conhecimento daquilo que move as pessoas na sua Organização? Já pensou no potencial que esta ferramenta poderá ter na dinâmica das pessoas dentro das equipas? Se estas se conhecessem e aproveitassem o que de melhor cada um pode contribuir?