25 Junho, 2020
Posted in Imprensa
2 Fevereiro, 2019 Consulting House

Resilience Reload™ – Entrevista a Nicole Eifler

Nicole Eifler, Partner e Key Account Manager na Consulting House, é responsável pelo workshop “Resilience Reload™”, da Consulting House. Neste workshop de resiliência os participantes revitalizam os seus níveis de energia e experienciam a actividade culinária “Happy Cook it by Bimby®”. Este Cook it, co-construído em parceria com a Vorwerk Portugal, é conduzido por uma equipa especializada e promove o espírito de equipa, reforça as mensagens do workshop de resiliência e realça os ingredientes que aumentam os nossos níveis de energia. Entrevistámos a Nicole para saber o que tem a dizer-nos sobre este workshop: como surgiu, quais as aprendizagens retiradas e qual o impacto nos participantes.

 

Consulting House (CH): Fala-nos um pouco sobre a tua experiência na criação deste workshop de resiliência.

Nicole Eifler (NE): A resiliência tem sido um tema on e off ao longo dos tempos – nunca teve uma onda de interesse tão grande e tão constante como a inteligência emocional ou o stress management, por exemplo, mas é, de facto, um tema que acaba por estar presente de alguma forma. Os clientes tendem a pedir-nos algumas intervenções, formações ou palestras quase de forma cíclica.No entanto, sempre senti que o conceito devia ser ainda mais actionable. Talvez todos tenhamos, mais ou menos, uma noção deste conceito, mas como é que nos tornamos de facto mais resilientes? Acabei por encontrar uma definição muito simples, mas que me fez muito sentido: “to bounce back from negative emotional impact”. Esta definição tem uma origem na Física, ou seja, o material é mais resiliente quanto mais rápido voltar ao seu estado inicial depois de um impacto forte. E acho que esta é uma óptima ideia para ser utilizada na definição psicológica deste conceito.Mas a minha pergunta mantinha-se: Como? Como consigo aumentar esta minha capacidade de voltar ao meu estado inicial? Na investigação que realizei, e tendo por base a minha experiência na área, descobri que é-nos mais fácil recuperar de algo sempre e quando nos sentimos mais energizados. E este conceito de “energia”, também algo complexo, pode ser analisado utilizando um modelo que se adequa na perfeição e que nos permite dividir a nossa energia em 3 esferas interligadas. E o segredo de gerirmos a nossa resiliência passa a estar “desmistificado” nesta tarefa de aumentarmos a nossa energia em cada uma destas esferas, ganhando um nível de energia total que nos torna mais resilientes.

 

CH: Retiraste algumas aprendizagens para ti na criação deste workshop? Quais?

NE: Sim, claro, logo com esta ideia que falei da energia. Tenho de garantir que as minhas baterias estão sempre carregadas 🙂 Se quero estar bem na vida, ser feliz e tornar-me ainda mais produtiva, preciso desta energia. E o facto de saber que esta pode ser aumentada através de acções muito pequenas, simplificou a minha vida. Por exemplo: ter um momento do dia em que tenho de ouvir as minhas músicas favoritas – aquelas que me dão energia – e posso fazê-lo enquanto conduzo ou faço compras, não preciso de despender mais tempo para além do que já tenho planeado. Outra aprendizagem foi a realização de que a nossa energia depende bastante da forma como alimentamos, literalmente, o nosso corpo. Tornei-me mais consciente de como alguns ingredientes influenciam as minhas esferas de energia, estimulando a produção de hormonas ditas “boas”, que me tornam mais feliz. Por exemplo: bebo um chá verde de manhã, como uma banana por dia, faço um snack com amêndoas – coisas que antigamente já fazia de forma esporádica, mas que agora faço de forma consciente, sistemática e regular. Foi-me muito fácil integrar estas e outras acções em momentos “mortos” do meu dia-a-dia, ou seja, em tarefas que já tinha de realizar mas que comecei a fazer de forma diferente ou incorporando um novo elemento. Fui acrescentando gradualmente pequenas acções que tiveram um impacto bastante significativo no meu nível de energia – e isto foi essencial para mim.

 

CH: Que sintomas identificas como indicadores da necessidade deste workshop?

NE: Se encarar a palavra “sintoma” como burnout, depressão, ansiedade excessiva e outros igualmente graves, acredito que já será tarde para qualquer intervenção deste género, quer seja um workshop quer seja uma formação. Nestes casos, a intervenção já poderá ter de ser mais clínica. No entanto, se pensar em sintomas como cansaço, algum desgaste ou stress, alguma falta de motivação, ligeiros problemas de foco, entre outros, diria que é um bom indicador para a necessidade de participar neste workshop. E aqui atenção: os bons resultados de negócio não são, só por si, indicadores fidedignos da ausência destes sintomas nos colaboradores. Só porque os resultados continuam a aparecer, não quer dizer que os colaboradores estejam cheios de energia. O facto de conseguirem contornar estes sintomas, demonstra o seu profissionalismo, contudo o seu desgaste emocional e físico pode ser muito grande e, em acumulado, pode resultar nos sintomas mais graves que falámos anteriormente.Por isso, acredito que este workshop pode e deve ser utilizado de uma forma mais preventiva. Isto é, antes de chegar ao burnout, antes de enfrentarmos uma fase que será bastante stressante, antes de uma fase de trabalho mais intensa ou mesmo antes de um ano que se avizinha mais difícil, torna-se crítico que as pessoas tenham conhecimento sobre este conceito da resiliência, e as ferramentas e técnicas que dele advêm, para manterem as suas baterias carregadas durante estas fases.

 

CH: Em que situações recomendarias este workshop?

NE: Este workshop, é ao mesmo tempo fun, leve, rico e interactivo, sendo claramente mais prático do que um dia de formação normal. Os participantes, para além de receberem alguns learning nuggets, têm um papel muito activo na co-construção dos planos de acção que ajudam a aumentar os seus níveis de energia. Por isso, funciona bem não só como stand-alone, mas é também um óptimo add-on a formações de stress ou time management, foco e atenção, relacionamento interpessoal ou inteligência emocional, por exemplo. Neste último sentido pode até ser utilizado como kick-off de um programa integrado, onde apresentamos numa primeira fase as 3 esferas da energia, criamos awareness, trabalhamos o mindset dos participantes e co-construímos uma plano de acção simples para a implementação imediata no dia-a-dia. Nas formações seguintes, há uma exploração da cada uma das esferas, em maior pormenor, com ferramentas mais profundas sobre as quais já se despertou curiosidade dos participantes no kick-off. Como alguns itens dos planos de acção podem ser implementados em equipa, este workshop pode ainda ser um momento óptimo e diferente para promover relações positivas na mesma e gerar coesão entre os elementos.

 

CH: Vamos explorar um caso específico em que deste este workshop. Que diferenças notaste nos participantes e qual o feedback?

NE: Aqui recordo-me de duas situações distintas que posso partilhar.A primeira, de um cliente a passar uma fase de mudança cultural e de expansão de negócio. Os colaboradores estavam sob muita pressão – tinham de gerir estas mudanças internas e ao mesmo tempo manter a sua produtividade e apresentar os mesmos, ou melhores, resultados. Aqui fizemos um programa à volta desta temática e as pessoas gostaram tanto que era tópico nas conversas de corredor. Os participantes referiram um impacto muito positivo logo a seguir ao workshop, sendo um dos primeiros comentários mais frequentes: “Sinto-me com mais energia”. Como resultado de todo este feedback, tivemos um pedido de uma segunda onda para o programa, actualmente em implementação.Um outro caso em que fizemos este workshop, foi cross-empresas. Especialmente rico para os participantes porque tiveram oportunidade de conhecer realidades diferentes e partilhar sinergias de diferentes áreas, aprendendo muito uns com os outros. Foi muito enriquecedor porque conseguimos integrar perspectivas diferentes e gerar acções out-of-the-box. O feedback foi muito semelhante ao anterior. Aquilo que ouvimos mais vezes é que é um dia muito leve, mas muito rico ao mesmo tempo e as pessoas sentem que levam consigo um bom conjunto de ferramentas que podem implementar no seu dia-a-dia.

 

CH: De forma geral, qual consideras ser a mais-valia deste workshop?

NE: O objectivo a que nos propomos e que tem vindo a ser atingido: sair no dia com as baterias carregadas, mas também aprender e co-criar ferramentas ou acções que nos ajudam a manter essas mesmas energias carregadas no dia-a-dia. E é isso que tem vindo a funcionar muito bem. Estas ferramentas e acções são simples, não levam tempo adicional e intuitivamente integram o nosso quotidiano e, com isso, há uma maior probabilidade de implementação. E não é necessário implementar todas as ferramentas ao mesmo tempo, até porque são muitas! Basta começarmos com 5 acções, para já sentirmos um impacto positivo na nossa vida. E quando estas 5 se tornam um hábito, implementamos mais 3, por exemplo. É também um bom starting point para um desenvolvimento contínuo. Quando o workshop é complementado com Happy Cook-it by Bimby® destaco duas mais-valias: 1) por um lado, conhecer os ingredientes que ajudam a carregar as nossas baterias e que ajudam a produção das nossas hormonas de felicidade; 2) por outro lado, esta actividade serve como uma breakout session do dia, onde vamos para um sítio e ambiente diferentes e que é muito prático, estimulando a coesão dos grupos, quer sejam equipas ou pessoas que não se conhecem à partida.

 

CH: Pensando num potencial cliente, qual a tua promessa quando propões um workshop desta natureza?

NE: Costumo dizer que é uma mão cheia de benefícios: 1) baterias carregadas ao final do dia, conforme já mencionei; 2) colaboradores ou líderes mais resilientes, e que conseguem fazer uma boa auto-gestão e têm maior capacidade de auto-regulação da sua experiência emocional; 3) mais resistentes ao stress e que se adaptam mais facilmente às mudanças; 4) maior equilíbrio emocional, que proporciona uma recuperação mais rápida de um eventual impacto emocional negativo; 5) melhor performance no trabalho, foco e produtividade.

bounce NE

Nicole Eifler

Partner

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