In Human
Vivemos numa aceleração constante da mudança. O hiato de competências para lidar com ela é maior que nunca. Mas os principais desafios de formar profissionais competentes não são novos. Sempre existiram.
O primeiro é a dimensão da lacuna a preencher. Quanto maior a diferença entre o que se sabe e o que se tem de saber, mais tempo demora o processo de aprendizagem, maior variedade de metodologias pedagógicas temos de usar e maior a incerteza do sucesso. Como a gestão se baseia na previsibilidade de resultados para o investimento, muitas vezes o tempo que as pessoas demoram a aprender não cabe no tempo que a empresa está disposta a esperar. Torna-se mais rentável investir em novos profissionais do que formar os existentes.
O segundo desafio é mais insidioso: a atitude do aprendente. É verdade que todos temos limitações, mas eu acredito que a maioria das pessoas consegue aprender a maioria das coisas. Desde que siga as estratégias adequadas ao conteúdo e competências a desenvolver e que tenha o tempo suficiente.
A maioria das pessoas não aprende a maioria das coisas porque lhe falta uma ou mais atitudes indispensáveis. Não prioriza o seu desenvolvimento pessoal e profissional, é arrogante, não persiste, lida mal com o fracasso, acha que o bom profissional é o que sabe tudo, não é auto-crítico, é reactivo, preguiçoso, irresponsável, ou tem outra qualquer atitude de auto-sabotagem.
As competências necessárias para ser bem-sucedido dentro de dez anos são muito diferentes das de hoje. Muitas empresas estão na situação de não terem suficientes profissionais preparados para criar as oportunidades futuras, e os que têm demora demasiado tempo a desenvolver.
Desenvolver competências inovadoras requer programas ou academias de formação disruptivos em relação ao negócio actual. Que trabalhem bem a atitude das pessoas e estruturem os níveis de progressão de forma adequada. E fazê-lo com a antecipação necessária para que os resultados apareçam a tempo. Quando não são neutralizados, os suspeitos do costume continuam a provocar estragos.
Artigo originalmente publicado a 28 de Setembro de 2018
Outras Sugestões


