In Pessoal
O conhecimento está a reduzir a sua importância como factor diferenciador em qualquer profissão. Primeiro, porque cada vez mais está acessível a todos, online. Segundo porque a sua vida útil é cada vez mais curta. Metade do que se aprende hoje num curso superior de base científica ou tecnológica está desactualizado no momento da graduação. Esta percentagem aumenta à medida que a evolução da ciência acelera. Estuda-se cada vez menos para ter conhecimento, e mais para adquirir métodos de pensar. O chefe não só já não sabe tudo, como sabe menos que os seus colaboradores.
Num mercado dinâmico ganham as empresas que tiverem melhores profissionais. E o talento é sempre limitado. O desenvolvimento de pessoas está a aumentar a sua importância como factor de atractividade das empresas. Como o que sabemos hoje será insuficiente amanhã, a aprendizagem ao longo da vida é um dado adquirido. As pessoas deixarão de ter uma profissão e passarão a ter um portefólio de competências, que será aplicado em várias profissões. Por isso, os profissionais só ficam num projecto enquanto este for interessante e lhes permitir aumentar competências. Se não, a empresa reduz a empregabilidade deles. Pessoas em desenvolvimento estão mais satisfeitas com a empresa. Pessoas mais competentes são mais flexíveis e adaptam-se melhor aos ajustamentos que as empresas terão de fazer para lidar com mercados disruptivos.
Ser promotor do desenvolvimento constante das pessoas implica um supportive stretch, uma espécie de Yoga em que se leva a pessoa ao máximo que consegue dar, mas a apoiamos de forma que esse seja o seu novo ponto de conforto.
As implicações para a liderança são várias. Gerir pessoas com mais conhecimento e competências que nós exige um posicionamento de respeito claro pelo profissional e pelas suas ideias. Gerir pessoas com capacidade de pensamento crítico de base científica exige que o líder aceite discutir as suas próprias ideias e opções em base de igualdade, com honestidade intelectual. É fácil perder um colaborador competente quando se é um chefe estúpido que não quer aprender. É fácil manter colaboradores competentes quando se cria uma rede de partilha de conhecimento na equipa em que todos se desenvolvem mutuamente.
Mas não basta integrar o que o colaborador traz. O que se exige ao líder neste novo tempo é que forneça uma estrutura mental de trabalho que faça a ponte entre as competências da pessoa, a estratégia que delas necessita e a cultura da empresa que dá sentido a tudo o que se faz. O líder tem de mostrar como é que a empresa está a contribuir para um mundo melhor através da utilização das competências da sua equipa. Os bons profissionais querem genuinamente fazer a diferença. Ter uma Missão clara, um bom entendimento da estratégia da empresa e capacidade de as ligar com o desempenho e o desenvolvimento dos colaboradores é o novo mínimo na relação de liderança.
Ser promotor do desenvolvimento constante das pessoas implica um supportive stretch, uma espécie de Yoga em que se leva a pessoa ao máximo que consegue dar, mas a apoiamos de forma que esse seja o seu novo ponto de conforto. Ela desenvolve-se, a empresa cresce, e o líder faz o seu trabalho. A minha instrutora de yoga não diria melhor.