13 Julho, 2018
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25 Setembro, 2017 Consulting House

Nicole Eifler sobre gamification

Nicole Eifler, Manager da Consulting House, foi convidada a partilhar a sua experiência enquanto especialista em projectos de Gamification. 

Consulting House (CH): Na tua opinião, qual é a mais-valia da utilização da Gamification nos nossos projectos?
Nicole Eifler (NE): Todos nós gostamos de um bom jogo – são muitas as pessoas que jogam no euro-milhões; que adoram fazer apostas com os colegas do trabalho; ou que têm programada regularmente uma tarde de ‘jogatana’ com os amigos! Parece que o ser humano tem uma propensão para o jogo e, aliás, é a brincar e a jogar que começamos a aprender desde pequenos! No entanto, sinto que na área profissional nos esquecemos muitas vezes deste nosso motivador intrínseco! As empresas tendem a olhar para as formações como um meio de aprendizagem mais formal, mas a verdade é que uma abordagem mista só traz resultados mais positivos. Incluir elementos de gamification numa formação torna a aprendizagem mais fácil, a retenção de informação maior e as pessoas sentem-se mais motivadas durante todo o processo. Resumindo, conseguimos extrair mais de cada pessoa e levá-la ao seu máximo.

CH: Existem situações onde não propões uma intervenção com Gamification aos nossos clientes?
NE: Sim, podem existir. Tudo depende da avaliação inicial que fazemos dos grupos-alvo. Se, por exemplo, tiver um grupo que já tem um nível de competição entre os elementos demasiado elevado e pouco saudável para a dinâmica da equipa, poderei ver algumas contra-indicações na utilização desta técnica. Provavelmente não começaria por aí, mas ao longo do programa poderia ver uma evolução positiva e integrar elementos mais subtis de gamification, promovendo a colaboração e não a competição. Tudo deve ser com conta, peso e medida!

CH: Podes contar-nos a tua experiência mais impactante na dinamização de projectos desta natureza?
NE: Sim, lembro-me logo de um projecto que foi um sucesso e que para mim foi também um óptimo desafio. O briefing que recebemos do nosso cliente internacional foi algo como “vamos ter uns dias com a nossa equipa internacional em Roma, onde queremos não só dar-lhes algum reconhecimento do seu trabalho, como também trabalhar alguns problemas que se têm vindo a sentir ao nível dos processos dentro da empresa” – mais coisa menos coisa 🙂
A nossa solução, depois de alguma consultoria inicial, foi aproveitar o contexto histórico onde estávamos inseridos e criar uma dinâmica com grupos mais pequenos. Durante meio-dia fomos à rua, fomos ao Forum Romanum e ao Colisseu onde as equipas tinham que resolver vários desafios. Recorrendo a uma analogia com Roma Antiga, cada grupo teve de completar uma série de tarefas, com o objectivo final de encontrar uma solução para um problema identificado (por exemplo, conflitos de interesses ou problemas na comunicação).
Neste caso, embora tenhamos criado diferentes grupos, não fomentámos a competição entre eles e sim a colaboração entre as equipas e os seus elementos. O objectivo de cada equipa contribuía assim como uma das peças para o resultado final, que só era alcançado após a integração das mesmas. Tivemos uns dias divertidos mas, acima de tudo, muito produtivos. A verdade é que todos os grupos chegaram a conclusões e soluções tão fortes que muitas delas foram rapidamente integradas nos processos da empresa e estão em uso até à data porque provaram resultados sólidos.

CH: O que achas que os participantes ganharam através desta experiência, que não ganhariam através de uma intervenção dita “normal” em sala?
NE: Bem, para os participantes penso que o ganho imediato é claro. Durante o processo as pessoas entregam-se mais, uma vez que esta dinâmica não se parece tanto com trabalho e mais com divertimento. A aprendizagem é mais subtil e, por isso, mais poderosa. E aqui ressalto a importância de um bom debriefing das actividades – destacando claramente as aprendizagens ao longo da intervenção.
A longo prazo, também podemos falar numa maior motivação para o trabalho ou engagement com as tarefas e a empresa, por exemplo. Pegando no projecto que referi há pouco, as pessoas sentiram-se como uma peça importante na empresa. Sentiram-se ouvidas e, acima de tudo, sentiram-se como parte da solução e não do problema, vendo aquilo que propuseram ser implementado a curto-médio prazo.

CH: Pensando num potencial cliente, qual é a promessa da Consulting House quando propõe um projecto que inclua Gamification?
NE: Acima de tudo, prometemos profissionalismo e resultados, não apenas fun para os colaboradores. O nosso foco está sempre nas aprendizagens e na transformação das pessoas e não apenas no entretenimento.

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