6 Janeiro, 2020
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22 Agosto, 2017 Ana Cruz

Jogo, logo aprendo

Quando penso em jogos, a minha mente rapidamente viaja para os meus tempos de juventude, onde grande parte do meu tempo era passado a jogar. Nestes tempos um dos meus jogos favoritos era o Monopólio. Através deste jogo aprendi a gerir o meu dinheiro, a alimentar o meu lado mais competitivo, o meu pensamento estratégico, a minha autonomia, as minhas capacidades de tomada de decisão e (não poderia faltar!) de gestão da frustração face às derrotas.

 

Falo no Monopólio, mas poderia referir outros tantos jogos como a Batalha Naval, o Xadrez, as Damas ou o Mikado. O que todos estes jogos têm em comum, para além da sua vertente de diversão, é uma componente de desenvolvimento de inúmeras competências, transponíveis aos mais diversos contextos da nossa vida.

 

 

 

 

Mas, e em relação ao nosso desenvolvimento pessoal e profissional enquanto adultos? É possível desenvolvermos competências core, recorrendo a jogos? Claro que sim! Ao longo dos últimos anos, tem sido crescente o interesse pela integração de elementos de jogos em projectos de formação e desenvolvimento de colaboradores – a tão aclamada Gamification.

 

Num estudo sobre a eficácia da Gamification em adultos, B. Enders, em 2013, percebeu que, quando comparados com outros, os participantes de projectos de aprendizagem gamificados pontuaram 14% acima em testes de competências. Foram também 11% melhores em termos de conhecimentos factuais e tiveram uma taxa de retenção da informação 9% superior. No que concerne a esta taxa de retenção, é ainda possível evidenciar que, de forma geral, as pessoas se lembram apenas de 30% da informação que ouvem e vêem. Contudo, quando interagem com a mesma (por exemplo, através de jogos), esta capacidade de retenção aumenta para 90%.

Nesta linha de ideias, é possível identificar vários benefícios da Gamification, ao nível individual. Apresentamos, assim, os mais comuns:

• Aumento do engagement e da motivação no alcance de objectivos;

• Maior predisposição no processo de aprendizagem;

• Aumento da retenção de conhecimentos;

• Promoção do trabalho em equipa;

• Melhoria da performance individual.

 

Mas atenção! Não se obtêm estes resultados com qualquer tipo de Gamification! A escolha ou design dos mecanismos e elementos a utilizar está dependente de um conjunto de factores, como por exemplo: as competências a desenvolver, o tipo de público-alvo, o tipo de organização, os meios disponíveis e o conteúdo em questão (que deve ser essencial para a função dos colaboradores). Desta forma, importa sempre um trabalho de customização às reais necessidades da organização, para garantir a eficácia da Gamification e a adequação a cada colaborador, potenciando o desenvolvimento das suas competências.

 

Se jogar pode ter tantas vantagens, da próxima vez que o convidarem a participar num jogo não o encare apenas como diversão, mas também como uma oportunidade de aprendizagem. Por isso: jogue (divirta-se) e logo aprenderá!

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