Celebra-se hoje o #InternationalConsultantsDay, promovido pela International Council of Management Consulting Institutes (ICMCI), que destaca o importante papel dos consultores de gestão!
Queremos celebrar a experiência e excelência da nossa equipa na Consulting House e, por isso, entrevistámos cada um dos nossos consultores internacionais. Leia abaixo a entrevista a Ricardo J. Vargas.
O que é para ti a consultoria?
A definição de “consultoria é prestar aconselhamento estratégico de apoio à gestão”, habitualmente compartimentado em áreas específicas: financeira, marketing, recursos humanos, legal, etc. Isto é importante porque ninguém é especialista em tudo. A especialização em consultoria pode ser de dois tipos: sector specific ou content specific. Sector specific designa as empresas ou pessoas que sabem muito de um setor, em geral porque trabalharam nele vários anos, e aconselham gestores desse setor. As suas competências não são transferíveis para outros setores. Content specific é a especialização por área de conteúdo: por exemplo liderança, e aplica-se a todos os setores porque domina verticalmente o processo de produção e implantação de conhecimento dessa área.
A consultoria para mim é a oportunidade de ter o melhor de dois mundos: apoiar os nossos clientes a atingir objetivos ambiciosos e resolver problemas complexos, ao mesmo tempo que aprofundo constantemente o know-how dos meus tópicos de especialização – liderança, desenvolvimento pessoal e gestão da mudança. Quando temos como clientes empresas multinacionais, grandes empresas portuguesas, start-ups, grupos familiares, em todos os setores, em vários países, cada dia traz novas oportunidades de criar abordagens novas e entregar valor de formas inovadoras.
Tu és uma das poucas pessoas na Europa acreditado como Certified Management Consultant®, certificação atribuída pelo International Council of Management Consulting Institutes. É uma certificação que exige anos de prática, educação específica, avaliação por clientes, exame ético, e um exame de várias horas com um painel de avaliadores onde se discute qualquer aspeto do exercício prático de consultoria. Além disso és Psicólogo com especialização em Psicologia Social do Trabalho e das Organizações; investigador no Centro de Investigação para a Ciência Psicológica da Universidade de Lisboa; empreendedor internacional desde 1997; tens 5 livros publicados em vários países, o último deles Nº1 Amazon Bestseller. É preciso ter essa formação toda para ser bom consultor?
Tudo isto são recursos quando estou a trabalhar com o cliente. Na prática são uma forma de mitigar o risco inerente à atividade de consultoria. A instituição que gere os seguros profissionais nos EUA reconhece que ser Certified Management Consultant® se traduz numa redução de risco profissional significativa. O meu seguro profissional nos EUA é muito mais barato que o de um consultor sem essa certificação. Mas na prática, o que importa é a capacidade de colocar 27 anos de experiência em consultoria ao serviço de cada cliente como se fosse a primeira vez. Manter esse espírito de ter tudo a provar em cada projeto, independentemente do know-how e experiência que trazemos connosco. Essa é a mentalidade com que abordo cada desafio colocado pelos clientes.
O que te motivou a tornares-te consultor?
Perceber que podia viver da conjugação de três coisas que adoro: aprender ininterruptamente ao longo da vida, resolver problemas complexos, e atingir objetivos ambiciosos.
O que é ser um Consultor Internacional (vs. nacional)?
Ter acesso a mais diversão. Projetos diferentes, desafios diferentes, culturas diferentes, impacto maior. Tudo coisas boas.
Podes partilhar um ou dois projetos internacionais de destaque em que estiveste envolvido? Quais os desafios que enfrentaste e como os ultrapassaste? E quais os resultados?
Os projetos em que estou pessoalmente envolvido exigem non-disclosure agreements, pelo que posso revelar muito pouco. Genericamente apoio CEOs e equipas executivas a transformar as suas empresas através da liderança.
Alguns objetivos reais: reposicionar a empresa no mercado global para ganhar quota de mercado face à concorrência; reduzir o headcount total em 20% ao mesmo tempo que se aumenta a satisfação com a liderança; apoiar a criação de uma organização que desenvolva internamente o produto que tornará obsoleta a empresa atual; alinhar dezenas de milhares de pessoas à volta do mundo com uma estratégia inovadora; criar áreas de negócio novas que exigem modelos de negócio não compatíveis com a cultura atual; entre outros.
Os desafios em projetos de consultoria ambiciosos são de dois tipos: limitações de recursos e limitações de mindset. O meu papel é ajudar a resolver as limitações de mindset para que se encontrem maneiras criativas de resolver as limitações de recursos.
Existe algum aspeto único sobre a tua abordagem como consultor que gostarias de destacar?
Temos várias metodologias proprietárias de desenvolvimento de liderança, descritas nos meus livros. Desenvolvemos recentemente uma metodologia para aumentar a auto-liderança que a evidência científica demonstra aumentar a felicidade. Procuro combinar a dose adequada de consultoria, coaching, formação, public speaking, psicoterapia, e experiência de gestão, em cada interação com o cliente. Este mix de competências tem resultado bem.