Celebra-se hoje o #InternationalConsultantsDay, promovido pela International Council of Management Consulting Institutes (ICMCI), que destaca o importante papel dos consultores de gestão!
Queremos celebrar a experiência e excelência da nossa equipa na Consulting House e, por isso, entrevistámos cada um dos nossos consultores internacionais. Leia abaixo a entrevista a Marta Nunes.
O que é para ti a consultoria?
Gosto de encarar a consultoria como uma arte. Uma arte que envolve disponibilidade para ouvir atentamente o outro (o cliente) e mergulhar naquilo que são os seus sonhos, desejos, aspirações e necessidades. É um processo de compreensão profunda da sua realidade, tendo em consideração todas as suas características únicas.
Como consultora, assumo uma postura de parceria com o cliente, trabalhando lado a lado com ele para explorar possibilidades de resposta e intervenções estratégicas que possam atender às suas necessidades. É um verdadeiro mergulho na realidade do cliente, onde compartilho a minha experiência e conhecimento para co-construir respostas e soluções de intervenção que promovam a transformação pretendida. Trago comigo uma mochila cheia de experiências e conhecimentos adquiridos ao longo da minha jornada. Essa bagagem enriquece a nossa colaboração, permitindo-me oferecer insights e perspetivas valiosas para enfrentarmos juntos os desafios.
A consultoria é, portanto, um processo de co-construção e partilha, onde as experiências, saberes e ideias se encontram para gerar resultados significativos. É uma oportunidade de impactar positivamente a vida dos clientes, ajudando-os a encontrar caminhos para a transformação e o sucesso. Através desta arte, tenho a honra de acompanhar os clientes nas suas jornadas, contribuindo para o seu crescimento e realização.
Qual a tua formação académica/experiência profissional relevante para esta função de consultora?
A minha formação académica em psicologia clínica sistémica proporciona-me uma visão mais abrangente quando realizo consultoria. Considero a realidade um complexo influenciado por uma variedade de dimensões e processos interligados. É, aqui, que acredito que a minha formação base é fundamental para o papel que desempenho como consultora, proporcionando-me uma perspetiva holística e sistémica na análise dos temas que os clientes querem abordar e nas transformações que procuram.
Quando sou convidada para um projeto de consultoria, olho para além do problema aparente e mergulho nas relações e dinâmicas subjacentes. Faço uso da minha capacidade para compreender a complexidade dos sistemas e as interações entre os indivíduos, as equipas e as organizações.
Além da minha formação académica, também conquistei experiência profissional relevante ao longo dos anos. Já tive a oportunidade de trabalhar com uma variedade de clientes em diferentes setores e contextos. Esta experiência permitiu-me aprimorar as minhas competências de comunicação, análise e resolução de problemas.
Esta combinação é fundamental para eu realizar, com sucesso, o meu papel como consultora, permitindo-me analisar os desafios dos clientes de forma abrangente, considerando as múltiplas camadas e perspetivas existentes. Isto permite-me propor intervenções estratégicas e personalizadas, adaptadas a cada cliente.
O que é ser uma Consultora Internacional (vs. nacional)?
Ser consultora internacional implica lidar com o desafio de me ajustar constantemente ao meio onde me insiro. Ao atuar em contextos internacionais, é necessário considerar as especificidades culturais de cada localidade. Essas especificidades têm um papel fundamental na configuração da realidade em que atuamos como consultores.
Por exemplo, ao trabalhar o tema da empatia, num país onde esse conceito é menos desenvolvido em termos de educação formal, é completamente diferente de o trabalhar num país onde este conceito faz parte do ADN das pessoas. É essencial adaptar as abordagens, exemplos e exercícios de forma apropriada para que sejam compreendidos e assimilados pelas pessoas.
Cada cultura possui as suas próprias normas, valores e formas de pensar e agir. Como consultora internacional, preciso de estar atenta a essas especificidades, ouvindo o cliente e explorando a sua realidade. Isto significa que devo adaptar as estratégias, métodos e abordagens para garantir que são adequados e relevantes para a cultura em questão.
Esta diversidade cultural enriquece o nosso trabalho, permitindo-nos descobrir novas perspetivas e abordagens. Se a tivermos em consideração, somos capazes de oferecer soluções mais eficazes e adequadas às necessidades e contextos dos nossos clientes internacionais.
Em resumo, ser consultora internacional envolve uma sensibilidade cultural aguçada, adaptabilidade e abertura para compreender e abordar as particularidades de cada contexto. Tem sido uma experiência enriquecedora e desafiante, que me tem permitido expandir os meus horizontes e contribuir de forma significativa para o sucesso dos clientes em diferentes partes do mundo.