22 Agosto, 2017
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1 Junho, 2023 Consulting House

Entrevista a um Consultor Internacional:
Luís Ferreira

Celebra-se hoje o #InternationalConsultantsDay, promovido pela International Council of Management Consulting Institutes (ICMCI), que destaca o importante papel dos consultores de gestão!
Queremos celebrar a experiência e excelência da nossa equipa na Consulting House e, por isso, entrevistámos cada um dos nossos consultores internacionais. Leia abaixo a entrevista a Luís Ferreira.

O que é para ti a consultoria?

De uma forma muito simples, para mim consultoria é apoiar o cliente a atingir os seus objectivos (sejam eles ligados a mudanças, melhorias, crescimento, ou outros) e, por isso, dar uma resposta às suas necessidades.

Isso significa que, enquanto consultores, há duas áreas essenciais para se ter sucesso nesta missão:

1. Um diagnóstico profundo – com o seu know-how e experiência, o consultor tem que fazer uma identificação precisa das necessidades do cliente, muitas vezes sendo capaz de ver e aperceber-se de coisas que o próprio cliente ainda não se apercebeu

2. Propor e implementar soluções que dão uma resposta a essas necessidades, de forma eficaz e sustentável – e estas soluções podem representar formas muito diferentes de intervenção (de acordo com o tema, a área, a necessidade específica, a realidade do cliente, do seu mercado, etc.)

Por isso, resumiria numa expressão que encontrei e à qual volto muitas vezes: “The true meaning of consulting is helping people solve problems and move from their current state to their desired state.”

 

Qual a tua formação académica/experiência profissional relevante para esta função de consultor?

Claramente a minha formação enquanto Psicólogo do Trabalho é a base daquilo que faço. As empresas são constituídas por pessoas. Por isso, ter um know-how que conjuga a compreensão do ser humano de forma individual e colectiva, com foco no contexto laboral e, ao mesmo tempo, uma perspectiva sobre o que significa e implica gerir uma empresa é crucial para ter sucesso enquanto consultor nesta área.

Em cima disso, acrescentaria que ter trabalhado toda a minha vida profissional enquanto consultor faz com que tenha experiências muito diversas, nomeadamente no que diz respeito a…

…tipo de intervenções – de formação a consultoria estratégica, tática e operacional, passando pelo coaching e pela implementação academias (tudo isto presencialmente ou à distância)

…tipo de empresas – creio que já trabalhei com praticamente todos os sectores de actividade, com formas de trabalhar e culturas empresariais completamente distintas, de empresas com poucas dezenas de colaboradores a outras com dezenas de milhares

…culturas – empresas nacionais, multinacionais, estrangeiras,… em diferentes partes do globo

…interlocutores e/ou participantes nas intervenções

Sou grato por essa possibilidade e acredito que essa diversidade dá a qualquer consultor uma bagagem muito relevante.

 

O que te motivou a tornares-te consultor?

Foi precisamente a possibilidade de contactar com diferentes realidades, empresas, projectos, pessoas, etc. que me atraiu a este tipo de trabalho. Comecei a minha carreira por aí e pensei “não há melhor forma de aprender e evoluir de forma mais acelerada do que este tipo de trabalho!”. Hoje já passaram mais de 10 anos desde que iniciei este percurso, mas o racional continua intacto – aprendizagem e evolução. Actualmente, acrescentaria apenas uma palavra – impacto. A possibilidade de impactar um conjunto maior de pessoas com este tipo de abordagem do que apenas um grupo de pessoas dentro de uma empresa motiva-me para continuar a ser consultor.

 

O que é ser um Consultor Internacional (vs. nacional)?

A meu ver, um Consultor Internacional distingue-se por ser… mais rico! E não, não estou a falar de dinheiro 🙂  Mais rico como pessoa e profissional, por ter o privilégio de contactar com outras realidades, outros desafios, outras formas de abordar esses desafios, outras práticas. Para mim, isto é uma riqueza única e que traz realização pessoal. Mas ao mesmo tempo, traz também a capacidade absorver outro tipo de conhecimentos e de ter abordagens aos desafios e problemas que encontra nos seus clientes de uma forma mais versátil e por isso mais eficaz. Por isso, resumiria em 4 palavras: Versatilidade, Know-How, Adaptação e Realização.

 

Podes partilhar connosco um ou dois projetos internacionais em que estiveste envolvido?

Posso destacar dois, por serem completamente diferentes e ambos interessantes à sua maneira.

Num desses projectos, no qual estive algum tempo em presença na Suiça, o cliente tinha acabado de criar uma nova equipa internacional que no fundo era também uma nova Unidade de Negócios. Esta equipa tinha uma missão muito clara e desafiante: gerar novos produtos, serviços e canais de receita, com retorno comprovado o mais rapidamente possível. O meu papel foi o de apoiar a equipa para que esta estivesse capaz de produzir resultados em conjunto o mais rapidamente possível – através da definição de processos e papéis dentro da equipa, na construção da dinâmica grupal desejada, no desenvolvimento de competências, etc. Foi muito desafiante, mas ao mesmo tempo gratificante ver uma evolução a um ritmo exponencial desta equipa.

O outro projecto consistiu na criação de academias de desenvolvimento que eram cruciais e estratégicas para o cliente, tendo a particularidade que se pretendia que estas fossem online e com um grande foco no auto-desenvolvimento / self-learning – e não apenas na formação. Este desafio levou a ter que pensar em formas e estratégias inovadoras de promover o desenvolvimento dos colaboradores de forma eficaz, por esta via, para além da criação de todo o conteúdo e dinâmicas associadas.

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