In Human
O coaching de equipas de gestão é só para fraquinhos. Equipas com problemas de relacionamento, conflitos territoriais, estilos de liderança inadequados, heterogeneidade de competências. Sobretudo equipas sem resultados. Afinal, para que é que uma equipa ganhadora precisa de um coach?
Imagine que lidera a equipa de gestão de uma multinacional com o objectivo de lançar um produto inovador para acelerar o crescimento da sua empresa de forma dramática. Tem uma equipa de pessoas experientes, com boa dinâmica e bom relacionamento interpessoal. Cerca de 60% do projecto é desconhecido à partida. Terá de ser construído com recurso a competências que hoje não existem na empresa. Para que lhe serve um coach?
Pense que gere uma equipa europeia de CFO’s de uma multinacional com o objectivo melhorar a forma como os recursos são geridos transnacionalmente, para tornar a empresa o mais eficiente possível. Os membros da sua equipa são todos gestores maduros com experiência de gestão em vários países. Para que lhe serve um coach?
Ou talvez esteja mais próximo da sua realidade chefiar a equipa de gestão de topo de uma empresa que está a meio da tabela do mercado em Portugal e que ambiciona chegar a número um. Está rodeado de pessoas competentes que de certeza são sensíveis ao objectivo porque este impacta o seu salário variável. Para que lhe serve um coach?
Uma situação em que não precisa de um coach de certeza é se a empresa que gere for líder de mercado mundial na sua área e quiser apenas ganhar distância em relação ao segundo player do mercado. Ou precisa?
As razões que levaram estas e muitas outras equipas de gestão de topo a contratar-me como coach, ao longo de vinte anos de trabalho, não podem ser mais opostas aos preconceitos que descrevi no início.
Uma equipa que já é boa contrata um coach porque quer tornar-se excelente. Uma equipa excelente contrata um coach para manter a excelência. Mas a razão mais simples resumiu-a uma gestora executiva global de marketing no final do processo com a sua equipa: “Ricardo, não é que não chegássemos lá sem ti, mas contigo demorámos três vezes menos tempo. E isto vale muito.”
Artigo originalmente publicado a 13 de Junho de 2015